segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Pelo fim das gravadoras abusivas


Quem me conhece sabe o quanto gosto de Radiohead. Acho improvável que algum freqüentador desse blogue não conheça, mas ainda assim... Ele foi formado no final da década de 80 em Oxford, Inglaterra, sendo chamado na época de On A Friday (o dia em que conseguiam ensaiar). Só veio a se chamar Radiohead graças a uma música do Talking Heads e foi lançado ao mundo com a música "Creep" no seu primeiro EP, que depois entrou no álbum "Pablo Honey" (1993). Superou a chamada maldição da banda de um sucesso só com seu segundo álbum, "The Bends"(1995) (inclusive estou escrevendo e ouvindo a música "High And Dry" desse CD), até finalmente lançar o depressivo "Ok Computer" (1998) que é considerado pela crítica um divisor de águas no rock mundial, colocando o Radiohead no mesmo patamar do Beatles (esses exageros são tão divertidos). Depois lançam "Kid A" (2000) e "Amnesiac" (2001), esquecendo as guitarras e dando espaço a uma música mais experimental, para voltar ao que era no início com "Hail To The Thief" (2003). Ok, o histórico da banda foi feito, mas acredito que não interessa a ninguém além de mim... Onde eu queria chegar e que talvez interesse a outras pessoas seja o seu novo album, "In rainbows". Não pela banda em si, mas pelo modo como será lançado... Comprando um pacote com o álbum em CD e vinil, um outro CD com faixas extras, artes e fotos, encarte com letras e mais um download. A caixa custa 40 libras (por volta de 160 reais) e o download custa o preço que o coração mandar, acrescido de uma pequena taxa. O Radiohead não tem mais contrato com qualquer gravadora até o momento, por isso possui a liberdade de vender o novo álbum direto do seu site oficial. Em tempos de crise da indústria fonográfica talvez essa empreitada seja uma saída para as bandas e, querendo mais dinheiro, que vão fazer shows e divulgar seu trabalho e que não fiquem esperando que, por exemplo, aparições na TV garantam a venda de CDs... Além do mais, se isso der certo (e tenho dúvidas de que não dará) o dinheiro vai direto para a banda, não para a gravadora. Mesmo que alguém não goste do som da banda precisa aplaudir a iniciativa. Enquanto isso estou pensando seriamente em comprar por 1 libra, quem sabe...

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Pode ser que isso não interesse a ninguém, mas acontece de vez em quando... Fazer o quê?

Nunca imaginei que um segunda pudesse ser boa, mas o dia de hoje contradisse isso com a Suzy adiando a entrega do relatório. E não, não ficarei enrolando até semana que vem para começar a escrever, fazendo com que esse acontecimento seja irrelevante.

Será que amanhã é o último dia do Festival para mim? Espero que não...

O óbvio não era tão ululante assim...

3 comentários:

B. disse...

Mais um passo rumo à indiezação.

Vivian disse...

Eu sei o que é Radiohead. doh.
Eu ia no Tim Festival se eles fossem. E ia ficar mais chata e empolgada que você.

Pedro Gabriel disse...

acho bem improvável, vivian... de qualquer forma eles nunca viriam pelo tim festival, não são mais novidade há muitíssimos anos. (sim, estou comenantando no meu próprio blogue)