Chuva

Cena 1: Você acorda estranhando o dia não ter clareado completamente. Seu corpo reluta a erguer embora o relógio esteja marcando 7h00, o mesmo horário no qual já está habituado a levantar. Quando seus pés descalços tocam o chão frígido você enfim nota aquele barulho peculiar. Aquele tilintar das gotas em sua janela, as leves trovoadas ressoando, as nuvens se esvaindo em água. Então você retorna ao seu leito e lá permanece ao longo do dia.

Cena 2: Você acorda naquela alvorada chuvosa. Percebe que será impossível sair de casa naquele dia. Conduzindo-se até a cozinha prepara seu café da manhã. Pão com manteiga, café com leite. Após pensar sobre sua vida entre um gole e outro, pensar nas suas obrigações entre uma mordida e outra toma sua derradeira decisão. Coloca seu tênis, uma calça surrada, cobre-se com um casaco e vai a uma locadora para finalmente pegar aquele filme que há semanas adia.

Cena 3: Você acorda com seu celular despertando loucamente em seu ouvido. Não tem tempo para o café da manhã porque sai de casa às 11h10, atrapalharia seu almoço. Numa mochila leva diversos papéis, um livro e um guarda-chuva. Hoje apresentará um seminário e entregará dois trabalhos. Ficar em casa é inconcebível. A chuva?! Torce para não atrapalhar muito o seu percurso...

Uma das três cenas descritas acima na verdade foi um fato real e aconteceu comigo hoje. Adivinhem qual foi! Não darei dicas, ok?

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Estou muito, muito cansado... Esse feriado definitivamente não teve cara de feriado. Até porque acho que foi o primeiro ano em que não choveu no dia de Finados.

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Estou com saudades do tempo em que aguardava a vinda dos Macacos Árticos. Agora até onde sei não existe nenhum show ou sequer um evento que chame minha atenção por um longo tempo...