Estávamos eu e o Nelson caminhando pelo centro de Niterói por volta de meia-noite. Por quê? Ficamos esperando a confirmação ou não da ida da Vivian conosco e apenas às 23h40 ela liga dizendo que não vai. Íamos para a chopada da ESDI, na Lapa. É simplesmente impossível, ao menos para mim e logo descobri que para ele também, andar por lugares ermos e escuros no perímetro urbano depois de determinado horário sem pensar nas diversas formas de assalto que poderíamos ser vítimas... ou pior. Paranóia dos nossos tempos.
- Pô, cara! Eu nem sei o que eu faço se for assaltado. Não tenho nada pra passar.
- Ah! Não se preocupa não. Se um cara for assaltar aqui no centro de Niterói significa que ele é um merda. Se fosse um assaltante de verdade o cara ia ter uma arma e ficaria roubando carrosem Icaraí. Qualquer coisa é só a gente correr...
Naquele exato momento caminhávamos em direção a uma esquina. Um homem veio da rua perpendicular, andando rápido com a mão no bolso. Ao passar pela esquina e chegar próximo à rua ele virou a cabeça, nos viu e veio em nossa direção. Passou rápido, encarando enquanto eu e o Nelson nos entreolhávamos.
- O mundo seria muito irônico, não?
- Estupidamente irônico.
- Tão irônico quanto se esse carro andando devagar ao nosso lado fizesse alguma coisa.
Quando ele disse isso eu virei meu olhar e vi um carro branco. Dentro dele um homem nos encarava fixamente e guiava seu veículo na mesma velocidade que nossos passos. Acelerou poucos segundos depois.
- Pô, cara! Eu nem sei o que eu faço se for assaltado. Não tenho nada pra passar.
- Ah! Não se preocupa não. Se um cara for assaltar aqui no centro de Niterói significa que ele é um merda. Se fosse um assaltante de verdade o cara ia ter uma arma e ficaria roubando carros
Naquele exato momento caminhávamos em direção a uma esquina. Um homem veio da rua perpendicular, andando rápido com a mão no bolso. Ao passar pela esquina e chegar próximo à rua ele virou a cabeça, nos viu e veio em nossa direção. Passou rápido, encarando enquanto eu e o Nelson nos entreolhávamos.
- O mundo seria muito irônico, não?
- Estupidamente irônico.
- Tão irônico quanto se esse carro andando devagar ao nosso lado fizesse alguma coisa.
Quando ele disse isso eu virei meu olhar e vi um carro branco. Dentro dele um homem nos encarava fixamente e guiava seu veículo na mesma velocidade que nossos passos. Acelerou poucos segundos depois.
***
Andando mais um pouco chegamos numa região repleta de bares.
- Pronto, moleque! Agora estamos num lugar mais seguro.
- Você não sabe a segurança que isso me transmite...
Até porque eu sempre tive em mente que bêbados afastam qualquer tipo de situação perigosa. Ô!
Andando mais um pouco chegamos numa região repleta de bares.
- Pronto, moleque! Agora estamos num lugar mais seguro.
- Você não sabe a segurança que isso me transmite...
Até porque eu sempre tive em mente que bêbados afastam qualquer tipo de situação perigosa. Ô!
***
Parados no ponto esperando o ônibus. O Nelson no telefone com a namorada confirmando se ainda teria como entrar ou não. Nisso dois homens do tamanho de armários vieram em nossa direção, andando em passadas rápidas sem pretensão de desviar de dois jovens que aguardavam seu coletivo. Não tivemos escolha. Apesar de estarmos parados esperando tivemos que desviar dos dois saindo da calçada. Obviamente passaram nos encarando (essa foi a palavra da noite).
Parados no ponto esperando o ônibus. O Nelson no telefone com a namorada confirmando se ainda teria como entrar ou não. Nisso dois homens do tamanho de armários vieram em nossa direção, andando em passadas rápidas sem pretensão de desviar de dois jovens que aguardavam seu coletivo. Não tivemos escolha. Apesar de estarmos parados esperando tivemos que desviar dos dois saindo da calçada. Obviamente passaram nos encarando (essa foi a palavra da noite).
***
Pegamos um táxi na Avenida Presidente Vargas. Que taxistas compõem uma raça à parte do restante dos seres humanos eu já conhecia, mas aquele ia além. Entre a conversa sobre o caso do Ronaldo e seus três travestis ele aproveitava para mexer com as mulheres na rua.
- Homem que não pega mulher na Lapa não pega em lugar nenhum.
Uma criatura já habituada aos passeis noturnos pelo centro do Rio e suas bizarrices.
- Um dia desses foi um casal transando no banco de trás (passei a ter o mínimo contato com o banco traseiro, onde eu estava sentado). O cara pegou a mulher aqui na Lapa e disse “Vai em frente!”. Foi até o Leme enfiando a mão no meio da saia dela, se esfregando mesmo. Eu coloquei bandeira 2, é claro. Eram oito da manhã. O cara não pediu pra transar no meu carro, tem que pagar mais por isso.
E lá se foi um ser iluminado.
Pegamos um táxi na Avenida Presidente Vargas. Que taxistas compõem uma raça à parte do restante dos seres humanos eu já conhecia, mas aquele ia além. Entre a conversa sobre o caso do Ronaldo e seus três travestis ele aproveitava para mexer com as mulheres na rua.
- Homem que não pega mulher na Lapa não pega em lugar nenhum.
Uma criatura já habituada aos passeis noturnos pelo centro do Rio e suas bizarrices.
- Um dia desses foi um casal transando no banco de trás (passei a ter o mínimo contato com o banco traseiro, onde eu estava sentado). O cara pegou a mulher aqui na Lapa e disse “Vai em frente!”. Foi até o Leme enfiando a mão no meio da saia dela, se esfregando mesmo. Eu coloquei bandeira 2, é claro. Eram oito da manhã. O cara não pediu pra transar no meu carro, tem que pagar mais por isso.
E lá se foi um ser iluminado.
6 comentários:
A culpa não foi minha. Mandei vocês não me esperarem e não podia ligar ou atender telefonemas no meio da peça né. Ainda bem que não fui, ia passar essa desgraça com vocês. =P
Enfim, se o taxista fosse esperto, ele instalava uma camera no taxi e botava o video do fun in the backseat na internet. Que nem os taxistas de Las Vegas.
Esse Nelson é seu amiguinho imagin[ario, é?
cara, que paranóia auhauhahuahuauhuah
por isso que eu tenho orgulho de ser petropolitano, naum fico paranóico auauhauhauhahuuahuha
nunca andei essa hora no centro
faço isso em nilópolis
mas acho relativamente seguro
ninguém tem nada pra ser roubado mesmo...
*
Uma ano e meio parasitando caronas na faculdade, relembrei como pode ser tenso ir pra noitada de busão!
*
O Centro de Niterói é um ambiente familiar, lugar em que se encontra-se algum ladrão este não merece o mínimo de respeito ou medo...e aqueles bares são seguros, sim!
Maaaas num foi paranóia, o cara virou do NADA p gente!
*
Ainda acho q a culpa foi da Vivian
Fala sério!
Vocês não foram assaltados?! Sinceramente, me decepcionou...
Foi azar. Em geral o medo exala um cheiro danado. Ladrão e medo é urubu e carniça. Certamente, se não fosse uma sexta-feira, quando todos os ladrões tiram folga...
Enfim, azar.
xnd
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