segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Respostas

Ele acordou sobressaltado. Na sua cabeça havia espaço apenas para desgosto. Enfim pôde compreender, tudo fazia sentido! “Então era isso, apenas isso?!”, pensou. Toda a complexidade que acreditava existir em sua vida não passava de um logro infantil, uma coisa simplória. Não podia ser isso, não exclusivamente isso enquanto buscava algo mais grandioso na sua rotina infatigável. Todas as idéias distorcidas pelo álcool vindo depois de mais um dia como outro qualquer, todo cigarro fumado na pausa de suas divagações após mais uma transa inesquecível, todas as madrugadas insones olhando para o breu do teto do quarto... Tudo em vão! Perda de tempo! Por “aquilozinho”?! Seu estômago não lidava bem com a idéia. Sua cabeça parecia querer explodir. Nunca sentiu tamanho incômodo. Mas então percebeu... O quê? Que exatamente dessa simplicidade incidia a graça. Não foi capaz de dissimular um sorriso e, logo em seguida, uma breve gargalhada. “Quem poderia imaginar algo tão ridículo?”, expeliu de seu cérebro (ou talvez o próprio, com entusiasmo além de sua pretensão). Logo ele que buscou o significado nas paixões mais incondicionais, nas belezas demasiadamente exuberantes, na música sempre presente em sua mente, na conversa com o garçom, nas festas mais lotadas, entre as coxas de alguma senhora qualquer, nas ruas mais movimentadas, no mundo! Definitivamente não necessitava ter ido tão longe. Ou, quem sabe, precisava ter ido além! Sem receios de chegar a alguma resposta. Tudo culminaria nesse instante, que trouxe toda a realidade da existência humana para seus olhos. Infelizmente jamais lembraria disso, pois, passados esses dois segundos de plenitude, virou para o canto, ajeitou seu lençol e tornou a dormir.

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Meu blog está tomando um rumo meio estranho... Eu estou tomando um rumo meio estranho...

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Estou há muito tempo sem indicar qualquer filme ou banda aos leitores, fatos mais recorrentes há um tempo nesse mesmo espaço. Para retomar o costume, dêem uma olhada descompromissada em "Cashback" (Sean Ellis, 2006) quando estrear (se estrear) e procurem uma banda chamada Bombay Bicycle Club. Se não me engano só possuem alguns EPs lançados até agora, mas são trabalhos bem interessantes. Junto a Vanguart (agradecimentos à Carolina), é a banda no repeat da minha set list portátil.

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Por que é tão difícil esquecer? Por que tentamos esquecer algo sabendo que essa é a melhor forma de lembrar?

7 comentários:

Anônimo disse...

Sei lá... Vejo que está tudo meio ao contrário. Meio de trás pra frente pelo avesso, vice e versa pá e bola.
Logro? Cigarros? Pernas de senhoras?
Pirei. Deve ter sido o sonzinho novo no fone douvido. Logro? Logo, ogro.
Vou drumi quié milhó.
x.
-----------n.
_______________________d.

Anônimo disse...

auhauhahuahu esse anônimo é engraçado

E bom, Pedro Gabriel, vc está gostando da ECO, ou seja, vc realmente está ficando estranho... hehehhe

E eu naum gosto muito de textos pseudo-poéticos, mas até que gostei bastante deste...

Unknown disse...

Pedro Gabriel, você É estranho!

Tatiana disse...

esquisito...

Pernas de senhoras???

Yuri Gadelha disse...

Por que essas pessoas que não gostam de atualizar seus blogs...

criaturita exotica disse...

Bom, eu adorei seu post...
na verdade gosto bastante do que vc costuma escrever. só nunca escrevo aqui.
bom, rasgação de seda a parte...

beijos
tchauzinho!

Anônimo disse...

esquisito...

Pernas de senhoras???[2]