Hey Brazil!

O dia 7 de setembro sempre me faz pensar sobre o brasileiro... Não que de vez em quando eu não me pegue divagando sobre o assunto, mas nesse dia em especial eu penso nisso. Já são 185 anos independentes da coroa portuguesa (não estarei relevando qualquer outra dependência econômica em relação a outro país, ok?)! Motivo de orgulho para toda a pátria! Toda? Bem, acho que o verdadeiro sentimento de patriotismo só é sentido mesmo pelas forças armadas e quem sabe por umas poucas pessoas ao longo dos seus 8 514 876,599 km². O povo brasileiro poucas vezes se reconhece como pertencente a uma nação, com excessão de quando há jogos da seleção nos quais todos sacam suas bandeiras, cornetas, camisas e entusiasmo de dizer "sou brasileiro". Aliás, o brasileiro, acredito eu, é auto depreciativo. Nelson Rodrigues mesmo já disse "O que atrapalha o brasileiro é o próprio brasileiro. Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro.". Quantas vezes já não ouvimos comentários de que o Brasil não vai pra frente por causa do povo? Somos o povo. Eu mesmo conheço diversas pessoas que não vêem a hora de sair do país, e, se possível, definitivamente. Temos a tendência de nos render a qualquer coisa que não esteja diretamente ligada ao país (a 1ª pessoas do plural foi para não me eximir da culpa que também tenho) e, ao mesmo tempo, repudiamos o genuinamente nacional. Claro que produzimos lixo, mas onde ele não é produzido? Afinal, não estou aqui para defender o que passa no Faustão, mas para tentar mostrar que o contraste não é tão profundo assim. As condições de vida não são as melhores, claro, mas em qual país existe uma população contente com sua realidade? Mitificamos o que existe fora como se fosse a única salvação, aliás, de um modo geral, o mundo vem se tornando um caos. Tratando de outros temas, a literatura aqui produzida se equipara a de muitos outros países, mesmo jovem, o cinema engatinha, mas vai encontrando seu espaço, artistas (note, artistas!), músicos (note, músicos!), o que tem de pior? Não posso esquecer ainda das belezas natural. Diariamente passo pela Baía de Guanabara e por mais que reclame das viagens (vide postagens anteriores) é um visual fascinante. Em quantos lugares do mundo seríamos capazes de ver mar, serra e cidade grande apenas no percurso para a aula? A questão é que o país é grande, deve dar preguiça conhecê-lo por completo, mas por que se restringir a uma pequena parte e criticar exaustivamente? Não estou tratando das aves que aqui gorjeiam nem de nação perfeita ou sequer de um patriotismo utópico ("Sou brasileiro e não desisto nunca"). Só estou tratando do sentimento de ser brasileiro, de querer algo pelo país, de não ficar de braços cruzados reclamando. E isso sem ser durante a Copa do Mundo...

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Acabei realmente não fazendo nada hoje... Droga! Quer dizer, fiz algumas coisas, mas nada excepcional... Não sabem como montar uma cama é trabalhoso...

Assisti ao filme "Flores Partidas", de Jim Jarmusch, nessa madrugada. Bill Muray impecável, trilha sonora etíope e muito rosa.

Peter Doherty, Thom Yorke, Conor Orbest... Grandes vozes!

Acho melhor não escrever o comentário que eu queria colocar aqui.

Está sem o que fazer na segunda após a aula da Suzy? Não tem idéia de como passar o tempo até o começo do Interseção? "Bubble" no Unibanco ArtEplex!

Estou apostando que ainda nesse fim de semana prolongado surge um novo blogue hein!