quarta-feira, 15 de outubro de 2008

25 de abril

Estava sentado há horas, mas isso não me incomodava, não mais. Aquela tarde de outono estava bem agradável, como a maioria das tardes dessa estação costuma ser. Uns poucos raios de sol ultrapassavam frestas entre colunas e folhas de árvores, uma leve brisa. Enquanto passava meu tempo respirando pensava em apenas uma coisa: ***. Era por isso que estava ali. Não que a esperasse, mas sabia que, se ela seguisse algum caminho, seria aquele por saber que eu estava lá. Apesar da aparente falta de sentido naquele momento parecia estar repleto de raciocínio lógico. Fechei então os olhos...
Quando os reabri, ainda pesados por ter dormido, ela se aproximava. Repentinamente não me sentia mais tranqüilo. Por quê? Ora, meu caro leitor, se nunca se apaixonou não sabe o que é viver, não entenderá o que se passa e muito menos deve continuar a ler esse relato. Mas voltando, eu não sabia nem ao menos como saudá-la. Mal continha um sorriso no rosto. E, felizmente, com a mesma falta de jeito e sem saber para onde olhar, ela o devolvia graciosamente. Apesar de ainda estar relativamente distante trocamos um oi atrapalhado. E depois disso permanecemos em silêncio. Logo nós que sempre conversávamos por horas, que sempre tínhamos algo para dizer ou ouvir... Meu olhar seguia sem achar um ponto fixo, seguindo toda a extensão do mundo que era capaz de abranger. Ela fazia o mesmo. Nossa única interação era quando perdíamos algum tempo nos olhando. Obviamente eu fazia isso enquanto sabia que estava olhando para outro lugar, apesar da certeza absoluta de que ela percebia exatamente o que se passava. Como tinha essa certeza? Ela fazia exatamente o mesmo. Assina, inevitavelmente, trocávamos olhares.
- O que você disse?
- Eu não falei nada não.
E esperávamos para ver quem começaria a conversa. Como dois bons jovens, precisávamos disso. Eu já não sorria apenas por causa dela, mas pela situação que nos encontrávamos. Estava tão inquieta quanto eu. Enquanto eu permanecia sentado, com os dedos tamborilando na perna, ela permanecia em pé, movendo-se de um lado para outro. Levantei.
- Tarde agradável, não?

***

Festival do Rio passado, 10 filmes assistidos. Acho o suficiente. Já é complicado assimilar dois filmes seguidos, imagino vários em diversos dias.

***

Para quem não sabe, estou gerenciando e, hora ou outra, escrevendo no blog do Tangolomango 2008. Dêem uma checada, vale a pena!

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Estou há muito tempo sem escrever nada por aqui. Talvez estivesse com algum tipo de bloqueio e mesmo hoje foi complicado. Espero conseguir manter uma freqüência maior de postagens ou pelo menos de textos escritos. E variar mais nos tipos...

2 comentários:

Anônimo disse...

Agradável, muito agradável!
Simples e agradável!
Parabéns!
- nesses casos é isso que se diz, não?
x :) n :) d :)

ps - é... me atrevi ao spam... não me leve a mal, caro leitor, mas resolvi usar o seu blog e divulgar gracinhas imprevistas. Por vesez trocar letras é uma forma de atualizar enredos, reavivar hormônios e talvez uma chama se acenda, desperte o público dos cliques. Para o fim, usei o post anterior, cujo fim seria o fim dos comentários... Creia - não fiz por mal.

Anônimo disse...

Enfim, já soltei o spam, já visitei o tangolomango e já calculei a pequena fortuna investida em 25 horas de Festival Rio: 75 pratas, foras as passagens, pipocas e o jantarzinho com a mina. Petit Gateau, né? rs Quanto ao tango - gostei! Essa coisa roots é bem do meu apreço. Outro dia apereço.
xisenede