segunda-feira, 30 de março de 2009

11 de dezembro, 14h02

***. É curioso como poucas vezes pronunciei seu nome. Não era a primeira e nem a última vez que a encontrava. Nesse falso eterno retorno que a história nos prende, eu sabia disso. Já procurei alguma definição para o que ela representa, mas acho que não consigo encontrar uma palavra sequer. Afinal, quem se preocupa com palavras?! Para que definições?! Não precisava de fins... Está simplesmente perdida num meio imune a qualquer interferência de convenções humanas, desnecessárias. Ela me excita como ninguém, e sim, caro leitor que provavelmente esperava alguma referência sexual num texto meu, também me articulo desse modo. Ora, quem nunca teve uma ereção sem culpa devido a um ingênuo amor adolescente? Separas amor de sexo?! Ouça uma declaração com uma voz lânguida e entenderá...

Por um tempo esteve esquecida, salvos alguns poucos momentos saudosistas aos quais me entregava. Lembrava de sua voz pela manhã, mesmo que através de um telefonema dentre tantos outros que nos tomavam horas, de sua falta de jeito ao me encontrar enquanto eu me abrigava atrás de uma imagem de segurança, seguramente falsa. Dostoievski me ensinou a não negar a volúpia que encontrava na dor, em poder mostrá-la a outros e dizer “Olhem, meus caros amigos, como sofro!”. Com ela isso não ocorria. Se sofria, sofria em silêncio. Meu gozo advinha sozinho e sem incômodos. Não era capaz de comentar categoricamente nada... E repentinamente tudo está de volta!

Toda minha vida tranqüila se esvai, não como as horas numa ampulheta, mas sim como uma criança pisoteando seu mais trabalhado castelo de areia pelo simples prazer da destruição. Afinal, essa insegurança muito me agrada, um medo que não sentia há muito tempo. Ah!, que deleite! Tomem-me como insano, riam de mim! *** consegue fazer isso e muito mais. Como já disse antes, e, se não disse, deveria ter dito, é inexplicável. Sua voz de menina me encanta como nenhuma outra, seus gemidos mais contidos superam os melhores orgasmos que já presenciei, minha necessidade de tê-la supera meus maiores desejos... Meu prazer ao saber que ela está trêmula e suada de prazer enquanto se toca é o mesmo ao ouvi-la me contando como foi seu dia ou qual filme assistiu e não gostou por ter um final feliz. Aliás, algumas de suas características são extremamente características. Como adoro suas peculiaridades! Talvez seja isso então...

Ou não, mas quem se importa?

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Desprovido de significado fica ainda melhor.

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É, eu definitivamente prefiro usar meu blog para ensaios literários que críticas, comentários ou qualquer outra coisa. Paciência, leitor(a)... (se é que ainda tenho algum)

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Tentarei me manter menos relapso com esse espaço.

Um comentário:

Jéssica disse...

orgulho de vc rapaz.