domingo, 16 de novembro de 2008

Conversa de bar

Confesso: ultimamente tenho bebido mais que o normal (quase, Jaguar, quase). Quando entrei na faculdade minhas experiências alcoólicas eram bastante reduzidas afinal eu tinha apenas 17 anos. Uma festa aqui, uma comemoração ali, um carnaval acolá... Estava confinado a momentos em que seria capaz de beber e não despertar nenhuma suspeita em meus pais, e o que mais incomoda é que tenho certeza de que eram conscientes de cada um deles. De qualquer forma, até então, nada de barzinhos, botecos e afins... Mas eis que os descobri! Talvez um interesse quase antropológico inicialmente. Era fascinado pelo que aquilo representava, o que, resumidamente, podia ser definido como “um bando de pessoas em volta de uma mesa falando sobre qualquer coisa e bebendo”. Sempre ficava na dúvida se a desculpa eram as pessoas ou a bebida. Mesmo assim sabia que tinha algo mais e não me refiro àquela porção de torresmo de semanas anteriores servida numa bandejinha de alumínio que embrulha o estômago só de lembrar. Digo sobre estar lá. É uma sensação comum que tenho. Costumo aparentar estar num lugar, mas no fundo sei que estou mais distante que o garçom que se nega a servir mais uma cerveja naquela mesa cheia de universitários estupidamente bêbados. Pois então cambaleei, tropecei, me apoiei numa parede, mas caí de cabeça, sem medo do que poderia acontecer. Não posso afirmar como Eduardo Goldenberg que meu lar é o botequim, contudo, que passou a ocupar um lugar cativo no meu dia-a-dia ele passou. Tenho me visto quase diariamente num barzinho da vida, óbvio que nem sempre bebendo ou sequer gastando, porém, só de estar lá de vez em quando sobra algo para mim... Lembre-se, caro (a) leitor (a), ainda sou um universitário e não tenho mais um estágio. Mas eu estou lá! Talvez seja o local onde minha produção intelectual seja mais intensa, desde a profundidade das minhas conversas sobre fantasias sexuais chegando à relação entre os homens, filosofia e bobagens do gênero. Minhas estadias por bares também passam por assistir a pessoas jogando sinuca (lembro de ter há tempos atrás temer jogar contra mancos por sua extrema habilidade e há pouco tempo pude ler Aldir Blanc comentando o mesmo); mordidas que geram cicatrizes que tenho certeza de que nunca sumirão (atividade pouco saudável e constrangedora para outros membros da mesa); bolinar mulheres, por mais que jure ser sem querer e esteja falando a verdade; derrubar cerveja na mesa em algum momento entre a 13ª e 16ª garrafa; roubar um copo sem motivo aparente; e, de vez em quando, apenas tomando uma Coca-Cola, comendo um pacote de Trakinas e vendo as meninas de colégios como o Instituto de Educação passar enquanto torço para o vento levantar suas saias. Enfim, é curioso como em pouco tempo tenha tantas histórias para contar e com tão pouco esteja me divertindo tanto. Meses atrás eu sempre me perguntava sobre minha vida, minhas escolhas, o que fazer delas, qual o próximo passo a tomar... Atualmente parece que estou simplesmente vivendo.

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Tenho ouvido muitos comentários de como eu nunca estou na sala de aula, que sempre estou nos corredores e todos estão me vendo constantemente. Saibam, difamadores que duvidam da minha responsabilidade, que apesar disso eu mantenho meus afazeres em dia e aprendizado constante. Sou um irresponsável extremamente responsável. Só tenho andado bastante relaxado...

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Acho que não existe quem não saiba, mas não custa comentar. Estou viciado em "How I Met Your Mother". É uma ótima série, que em pouco mais deuma semana assisti às quatro temporadas (a última ainda em andamento). Nela, Ted Mosby (Josh Radnor) conta aos seus filhos todas as histórias que o levariam a conhecer suas mães, envolvendo seus amigos Marshal (Jason Segel), Lily (Alyson Hannigan), Robin (Cobie Smulders) e o LEGEN - wait for it - DARY Barney (Neil Patrick Harris). Em muitos aspectos ela é comparada à "Friends", mas eu confesso me divertir mais com HIMYM. Vale a pena conferir! (eu tenho os episódios no PC para os interessados) Também graças a essa série a Bia (para os desavisados, aluna da ECO e namorada do Luiz) comentou um dia desses que eu sempre estou viciado em algo, fissurado... Isso explica bastante sobre minha vida.

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Não pensem que esse blog será deixado de lado. Eu estava sendo apenas relapso e sem assunto.

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Cajun Dance Party e Someone Still Loves You Boris Yeltsin. Duas ótimas bandas com nomes curiosos. E falando em banda.... Show do Radiohead em março de 2009 no Brasil! Alguém duvida que eu vá?

5 comentários:

Anônimo disse...

Botecos são realmente lugares ótimos, conversar com os amiguinhos, rir, discutir, ficar constrangido quando o casal da mesa da chilique ou alguém se morde são experiências únicas da vida de universitário sem dinheiro pra ir à lugares legais.

Aproveitando seu comentário sobre HIMYM. Haaaaaaaaaaaave you met our blog?!
http://poderosomegazord.blogspot.com

Vai juntando dinheiro logo pro show do Radiohead!

=*

Luiz Fernando disse...

até eu que não bebo gosto dos botecos.
mas vocês podiam conter os instintos animalescos as vezes...

e "vendo as meninas de colégios como o Instituto de Educação passar enquanto torço para o vento levantar suas saias"?

por que eu ainda me surpreendo?...

Anônimo disse...

você não presta.

Pedro Gabriel disse...

caro anônimo do comentário acima (ou deveria dizer anônima?), sei muito bem quem é você e que certamente presta bem menos que eu. haha!

criaturita exotica disse...

finalmente li o post famoso do menino pseudo! ahn, gosto de bares tb...
só acho que deviamos frequentar mais na eco.

beijos