sexta-feira, 12 de março de 2010

Explicações

Esse blog me surpreende por possuir leitores que desconheço por completo. Eu mesmo não imaginaria que retornaria aqui algum dia...

Para quem não sabe, estou com um novo blog chamado pão ou pães. Pouco atualizado ultimamente, mas, se tudo der certo, voltará a como foi em seu início. Além disso, pretendo criar um outro para textos meus. No fundo é a mesma proposta desse, mas quero começar do zero (fixação que possuo deveras inútil, mas se comemoramos o ano novo, é justo que eu possa ter essa sensação com o que escrevo).

Aliás, estou aceitando sugestões de nomes para esse novo blog. Confesso vergonhosamente que ele apenas não existe por isso.

Meus agradecimentos a todos os leitores.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ausência

Sei que ando relapso com esse blog (e de fato estava até pensando em criar outro), mas ele completou 2 anos no mês passado... Ainda tenho grande carinho pelo "et cetera". Eventualmente voltarei a postar aqui, mesmo que o número de leitores esteja reduzido a zero.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A surpresa da partida

Não há formas de fugir da morte. Inevitável, um segundo e pronto, fomos. Por que estou falando disso? Bem, perdi minha bisavó na noite de ontem. De qualquer forma, não pretendo fazer um tratado sobre vida, morte, existência de deus, alma ou qualquer questão metafísica imbecil e desnecessária para um momento como esse. Quero mesmo é relembrar de como foi ótimo ter uma bisavó durante meus vinte outonos de vida (e agora invernos também) e gostaria de pôr tudo em ordem. Impossível! Não sei como fazer isso. Diferenciar o que foi uma construção minha de algo real?! Desnecessário! Enfim, me recordo de alguns poucos momentos. Eu a chamava de Vó Ema, a maioria das pessoas, Dona Noêmia. Lembro de, durante a minha infância, passar tardes em sua casa em algum lugar em São Gonçalo que não me recordo bem, tomar vitamina de abacate, sacolés, brincar no quintal, conversar com ela... Coisas singelas de uma vida suburbana. Por algum motivo, está na minha memória também uma antiga bacia de alumínio que ela possuía até hoje. Não sei se eu gostava de brincar com ela, de observar enquanto lavava roupas, não sei, mas a bacia está aqui e nunca ousará sair. E do que mais me recordo...? Ah! Claro! como ela gostava do meu rabo de cavalo e de me ver vestido de azul. E ela sempre pedia para, quando saíssemos de sua casa, deixar a tevê no “canal da novela” ou o do “homem da cara grande”. Como era gostoso perceber sua alegria ao ver a casa cheia em diversas ocasiões, mesmo que nos últimos anos não soubesse ao certo se era o dia das mães ou seu aniversário. Era incrível sua capacidade de, mesmo aos 91 anos, preparar comida em quantidade quase industrial para as visitas enquanto, após comermos pratos dignos de trabalhadores braçais, pedia para repetirmos. E depois do almoço logo inventava um lanche, e depois do lanche, um doce, e depois do doce... Acho que jamais esquecerei sua risada, embora já não a ouvisse há muito tempo... Não pense que estou triste, estou é com saudades por saber que certas coisas nunca mais voltarão...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Meu currículo (porque eu precisava colocar online de uma forma e todos os sites que disponibilizam isso são um saco)

Pedro Gabriel Gonçalves de Lima

Informações pessoais

· Estado civil: Solteiro

· Nacionalidade: Brasileiro

· Idade: 20 anos

· Naturalidade: Rio de Janeiro

Objetivo

Conseguir experiência profissional em áreas ligadas à Publicidade e Propaganda.

Formação

2004 – 2006 Colégio Pedro II – U.E. Centro Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Ensino Superior

Comunicação Social – Publicidade e Propaganda (Em curso – 7º período) – Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Idiomas

Inglês intermediário

Espanhol básico

Francês intermediário

Certificados e licenças

Responsável pela criação e desenvolvimento de uma pesquisa sobre a relação entre adolescência e alcoolismo, sob supervisão das pesquisadoras Marilda Moreira, entre 2004 e 2006, e Marta Ribeiro, entre 2006 e 2007:

· Conclusão do Programa de Vocação Científica – Iniciação (Fundação Oswaldo Cruz) 2004 – 2005

· Conclusão do Programa de Vocação Científica – Avançado (Fundação Oswaldo Cruz) 2005 – 2007

· Participação da XIV Reunião Anual de Iniciação Científica (VPPDT/ Fundação Oswaldo Cruz) 2006

Elaboração de um projeto de revista, sob orientação do editor Renato Lima:

· Oficina de Edição de Revista Independente (UFRJ) 2007

Experiência profissional

Assessor do Departamento Editorial da Nova Fronteira (02.2008 – 07.2008)

Assessor da Produtora Mil e Uma Imagens durante o evento Tangolomango – Festival da Diversidade Cultural (08.2008 – 09.2008)

Trabalhos voluntários

LUPA – Agência Experimental da UFRJ (11.2008 – em andamento)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lassidão

Estou cansado, simples assim. Cansado de tudo, de todos. Não tenho ânimo para sair da cama, meu corpo reluta. Possui mais força de vontade que eu. E cansei do mesmo percurso diário. Previsibilidade, monotonia. Saco... Não posso esquecer também das pessoas, claro! todos os seus desejos e vontades, medos e receios, inseguranças e tristezas e felicidades e suas vidas. Cansei, ponto. E cansei dos meus problemas, sempre os mesmos, sem nada de novo. Vão e vem, às vezes com uma roupa diferente, uma história que ainda não ouvi, um rosto com suas devidas peculiaridades, mas são exatamente os mesmos. E obviamente cansei da mesma música embalando a mesma cena na mesma memória. E como não dizer que cansei das minhas memórias, quero novas! Também, por que negar que cansei de ler sempre o mesmo livro? No fundo não há nada lá além de mim. E cansei do mesmo filme, que nada mais é que eu em outro enquadramento... Cansei de escrever. Qual a utilidade?! E cansei de buscar utilidade em tudo... E estou cansado de você, leitor. Sempre com expectativas que frustro com mais um texto que não o interessa. Expectativas? Interesses? Não mais, cansei. Além disso, confessadamente cansei de pensar em você. Quero a liberdade da minha mente, quero fantasiar sobre o que quiser. Mas é evidente que, acima de tudo, cansei de estar cansado... Quero aprender a lidar com a minha vida! quero aprender a lidar com o que tenho, com o que sou!

***

Trilha: "Waiting for an Invitation", de Benji Hughes.

domingo, 3 de maio de 2009

Noite de outono

Então acordei. Estava naquele mesmo chacoalhar diário do ônibus voltando para casa. Hora do rush, inferno. Adormeci vendo o entardecer, despertei e a noite já tomava conta do céu. É quase uma defesa natural que desenvolvi contra as tediosas horas no trânsito: dormir. “Falta pouco”, eu pensava. Rapidamente passei meus olhos pelas pessoas dentro da condução. Nada atípico. Duas amigas conversavam em pé se equilibrando nos ferros, muitas pessoas dormiam aquele sono incômodo que o faz acordar com dores no pescoço e geralmente constrangido por ter se entregado a ele no ombro do indivíduo sentado ao seu lado, o trocador... Não, não estava lá! Na sua cadeira havia uma garota belíssima. Ele conversava com o motorista nos degraus, mas eu jamais percebi isso. Estava mais entretido olhando-a. À distância de algumas cadeiras eu a observava. Ela usava uma blusa listrada com pequenas mangas pretas, uma calça jeans e as pontas do cabelo pintadas de roxo. Curioso. Seus lábios eram grossos e sua boca, pequena, havia um pequeno sinal no lado esquerdo do rosto levemente amorenado e de tez suave. Tez?! Céus! No que estou me tornando? Poucas vezes na vida me imaginei tocando algo. Das ilusões sensoriais, é a que menos me entrego. Maldita sensação tátil subestimada. De vez em quando se virava para a esquerda de sua cadeira e sorria. Se me via em meu deslumbre? Não sei, mas gostava de imaginar que sim. Era um gesto tão singelo... E aqui qualquer um pode imaginar que sou uma pessoa solitária e extremamente carente, não? Mas, de seus gestos, o que mais me chamava atenção era quando ela se entretia com a música que ouvia, fechava os olhos e se movia no seu ritmo. Seu corpo que seguia a harmonia, seus cabelos que esvoaçavam caoticamente... Não sei por que mexeu tanto comigo. E eu mesmo ria da minha brincadeira, do meu inocente flerte.

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É, eu insito, esse blog não morre!

segunda-feira, 30 de março de 2009

11 de dezembro, 14h02

***. É curioso como poucas vezes pronunciei seu nome. Não era a primeira e nem a última vez que a encontrava. Nesse falso eterno retorno que a história nos prende, eu sabia disso. Já procurei alguma definição para o que ela representa, mas acho que não consigo encontrar uma palavra sequer. Afinal, quem se preocupa com palavras?! Para que definições?! Não precisava de fins... Está simplesmente perdida num meio imune a qualquer interferência de convenções humanas, desnecessárias. Ela me excita como ninguém, e sim, caro leitor que provavelmente esperava alguma referência sexual num texto meu, também me articulo desse modo. Ora, quem nunca teve uma ereção sem culpa devido a um ingênuo amor adolescente? Separas amor de sexo?! Ouça uma declaração com uma voz lânguida e entenderá...

Por um tempo esteve esquecida, salvos alguns poucos momentos saudosistas aos quais me entregava. Lembrava de sua voz pela manhã, mesmo que através de um telefonema dentre tantos outros que nos tomavam horas, de sua falta de jeito ao me encontrar enquanto eu me abrigava atrás de uma imagem de segurança, seguramente falsa. Dostoievski me ensinou a não negar a volúpia que encontrava na dor, em poder mostrá-la a outros e dizer “Olhem, meus caros amigos, como sofro!”. Com ela isso não ocorria. Se sofria, sofria em silêncio. Meu gozo advinha sozinho e sem incômodos. Não era capaz de comentar categoricamente nada... E repentinamente tudo está de volta!

Toda minha vida tranqüila se esvai, não como as horas numa ampulheta, mas sim como uma criança pisoteando seu mais trabalhado castelo de areia pelo simples prazer da destruição. Afinal, essa insegurança muito me agrada, um medo que não sentia há muito tempo. Ah!, que deleite! Tomem-me como insano, riam de mim! *** consegue fazer isso e muito mais. Como já disse antes, e, se não disse, deveria ter dito, é inexplicável. Sua voz de menina me encanta como nenhuma outra, seus gemidos mais contidos superam os melhores orgasmos que já presenciei, minha necessidade de tê-la supera meus maiores desejos... Meu prazer ao saber que ela está trêmula e suada de prazer enquanto se toca é o mesmo ao ouvi-la me contando como foi seu dia ou qual filme assistiu e não gostou por ter um final feliz. Aliás, algumas de suas características são extremamente características. Como adoro suas peculiaridades! Talvez seja isso então...

Ou não, mas quem se importa?

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Desprovido de significado fica ainda melhor.

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É, eu definitivamente prefiro usar meu blog para ensaios literários que críticas, comentários ou qualquer outra coisa. Paciência, leitor(a)... (se é que ainda tenho algum)

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Tentarei me manter menos relapso com esse espaço.